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Pais e Filhos da NBA

12 de Dezembro

Na semana passada, o astro aposentado Kobe Bryant e sua mulher Vanessa anunciaram o nascimento da terceira filha. A recém-nascida se junta a Natalia, de 13 anos, e Gianna, de 10, para aumentar o clã Bryant. Agora com muito mais tempo para cuidar da família, o que podemos esperar de Kobe como pai de terceira viagem? Com certeza muito dedicado, como sempre foi em quadra. Mas vocês já imaginaram quão grande seria a pressão sobre um eventual namorado que uma das filhas leve para conhecer o pai? Com certeza o garoto receberia o famoso “death stare”, olhar que Kobe dedicava para companheiros de equipe que não estavam jogando bem o suficiente para obter a aprovação do ala-armador.

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E falando na prole de Kobe, já pensaram se tivesse nascido um filho? Teríamos um Kobe Jr., treinado por um dos jogadores mais dedicados e talentosos que a NBA já viu. Poderia ser um astro do basquete, como seu pai foi? Vale lembrar que o pai de Kobe, Joe “Jellybean” Bryant, jogou durante 8 anos na NBA e também teve ampla carreira jogando no basquete europeu, notadamente na Itália, onde Kobe passou parte importante de sua infância.

Vários jogadores de sucesso têm ou tiveram filhos na NBA. Rick Barry, importante jogador dos anos 70, emplacou três filhos na liga: os irmãos Brent, Jon e Drew. Os três eram excelentes arremessadores, assim como o pai, sendo que Brent ainda foi campeão de enterradas no começo da carreira. Rick, Brent e Jon foram o segundo caso de pai e filhos em que as duas gerações ganharam títulos da NBA. Drew não ganhou títulos, mas tem em comum com o pai o fato de ter jogado no Golden State Warriors, assim como o pai e o irmão Jon.

Os “splash brothers” do Golden State Warriors, Steph Curry e Klay Thompson, além de muitas outras coisas também têm em comum o fato de serem filhos de ex-jogadores da NBA. O pai de Klay, Mychal, jogou em diversos times nos anos 80, sendo mais identificado com o Los Angeles Lakers, time do qual atualmente é comentarista oficial nas transmissões de jogos e pelo qual foi campeão da NBA, tendo mais isso em comum com o filho. O pay de Steph, Dell Curry, também é comentarista, só que do Charlotte Hornets. Ambos também têm outros filhos que não alcançaram o mesmo sucesso dos “splash brothers”. O irmão de Klay, Mychel, rodou sem sucesso por alguns times na NBA e hoje está na D-League. O irmão de Steph, Seth, atualmente faz parte do elenco do Dallas Mavericks, sem destaque.

Outros casos de pais e filhos campeões da NBA incluem Bill e Luke Walton, além dos pioneiros Matt Guokas Sr. e Matt Guokas Jr.

Existem muitos casos de pais e filhos na NBA com caminhos que, de alguma forma, se repetem ou se cruzam. Henry Bibby e seu filho Mike Bibby ambos jogaram pelo New York Knicks. Mike Dunleavy Sr. e Mike Dunleavy Jr. ambos jogaram pelo Milwaukee e Bucks e são a segunda e mais famosa dupla de pai/filho a jogar um contra o outro, na posição de técnico e jogador. O primeiro caso deste tipo foi com os inexpressivos Butch van Breda Kolff e seu filho Jan van Breda Kolff. Pais e filhos também se enfrentaram como técnico/jogador com George Karl e Coby Karl e Doc River e Austin Rivers, que além de se enfrentarem também foram a primeira dupla em que o pai foi técnico do filho, situação que atualmente ambos se encontram no Los Angeles Clippers.

Melvin Booker e Devin Booker ambos jogaram contra os longevos Kobe Bryant e Kevin Garnett. Quando dois astros dominam a liga por tanto tempo que foi possível duas gerações de Bookers jogarem contra eles, é porque realmente merecem o lugar que conquistaram na história.

Harvey Grant, irmão gêmeo menos famoso de Horace Grant, emplacou duas crias na NBA. Atualmente os irmãos Jerian e Jerami, que não são gêmeos, jogam por Chicago Bulls e Oklahoma City Thunder. O pivô Patrick Ewing teve um filho de outra posição, o ala Patrick Ewing Jr., que não deu certo na NBA e hoje joga no Qatar. O armador Tim Hardaway trouxe ao mundo o ala-armador Tim Hardaway Jr., atualmente no Atlanta Hawks. O filho de Larry Nance, Larry Nance Jr., é hoje um ala-pivô do Los Angeles Lakers que até lembra o estilo explosivo do pai.

Existem casos onde os pais conseguiram alcançar mais sucesso que os filhos. É o caso de George Mikan, cujo filho Larry Mikan não conseguiu corresponder às expectativas do sobrenome. Situação parecida com a de Glenn Robinson III, cujo pai, Glenn Robinson, se tornou um pontuador de bastante renome na NBA, recebendo o apelido de “Big Dog”, e também Glen Rice Jr., que atualmente é atleta do Indiana Pacers e nem de longe consegue alcançar a produção ofensiva do pai, exímio arremessador de três pontos.

Também temos vários exemplos de pais que não foram tão bem, e que só ficaram mais conhecidos pelos filhos que tiveram. O pai de Kevin Love, Stan, jogou alguns anos sem brilho no Baltimore Bullets, Los Angeles Lakers e San Antonio Spurs, durante os anos 70. Ed Manning, pai de Danny Manning, foi um pouco inspirado ala que passou por diversos times nos anos 60 e 70.

Press Maravich, pai de “Pistol” Pete Maravich, teve uma carreira pouco ilustre como jogador profissional. Ele foi técnico da Lousiana State University, onde treinou seu filho. Pete originalmente queria ter ido para a universidade de West Virginia, mas seu pai fez com que ele escolhesse LSU sob pena de ser expulso de casa. Ao fazer a vontade do pai, Pistol Pete ganhou um carro de presente. Ambos têm a infeliz coincidência de terem morrido quase que em seqüência. Prass Maravich faleceu em abril de 1987, de câncer, enquanto que Pistol Pete faleceu tragicamente apenas nove meses depois, em janeiro de 1988, com apenas 40 anos de idade, vítima de uma condição genética não descoberta em seu coração.

A NBA tem muitos outros exemplos de pais e filhos que passaram pela liga, como jogadores e técnicos. Tito e Al Horford, Sonny e Jabari Parker, Jim Paxson e John Paxson/Jim Paxson Jr., Ron Brewer e Ronnie Brewer, Arvydas Sabonis e Domantas Sabonis, Jimmy Walker e Jalen Rose e tantos outros.

O Rei do basquete, Michael Jordan, teve dois filhos que passaram pelo basquete universitário e não conseguiram chegar aos profissionais: Jeffrey e Marcus. Já o pivô Shaquille O’neal teve mais sorte: seu filho Shareef O’neal, de 16 anos, é uma das jovens promessas do basquete americano e pode entrar na NBA a partir de 2018.

Voltando ao começo de nosso texto, acho que a grande maioria de nós ficou com mais vontade ainda que a família Bryant resolva ter mais um herdeiro, e que venha ao mundo um filho homem de Kobe Bryant, para que possamos ter mais uma geração de Bryants na NBA. Com certeza um jogador de basquete filho de Kobe Bryant seria algo no mínimo curioso de se assistir. Já pensaram a pressão que essa criança teria para fazer sucesso?

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