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E-Sports pode virar modalidade Olímpica e aquece um debate: O jogo virtual é um esporte?

Renato Campos
Renato Campos
30 de Novembro

Essa questão vai gerar uma boa polêmica para os próximos anos.

Você sabia que para a Olimpíada de 2024, existe a possibilidade de termos jogos virtuais (e-Sports) como parte do quadro de modalidades? Se depender de Tony Estanguet, co-presidente da candidatura de Paris para ser a cidade sede, isso realmente pode acontecer.

Em entrevista para a Associated Press, Estanguet não anulou a possibilidade e quer interagir com o Comitê Olímpico para entender a viabilidade da questão.

Não quero dizer não neste primeiro momento. É interessante interagir com o COI e com quem vive o e-Sports, para entender melhor como funciona este processo e por que é um grande sucesso nos dias de hoje.

Se por um lado tem uma turma radiante pela possibilidade da nova modalidade dentro do maior evento esportivo do planeta, os mais conservadores torceram o nariz com a notícia. A situação é realmente delicada e não precisa ser tão conservador assim, para levantar a questão que vai ser bastante debatida até a Olimpíada de 2024: O e-Sports é realmente um esporte?

Entre 2014 e 2016 o número de jogadores subiu de 90 milhões para 148 milhões em todo mundo

Se você não está ambientado com este cenário, fique sabendo que estádios lotados para assistir campeonatos de jogos virtuais se tornaram uma atividade comum nos dias de hoje. Para exemplificar, há alguns anos o Allianz Parque, estádio do Palmeiras em São Paulo, teve um público de mais de 12 mil pessoas para acompanhar ao vivo uma partida de League of Legends, o jogo mais popular atualmente. Além de premiações milionárias, as partidas tem seus devidos narradores, comentaristas e uma torcida fervorosa nas arquibancadas.

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Final do Mundial de League of Legends em 2014 na Coréia do Sul

Rock in Rio: público que foi para assistir aos jogos e não os shows

Quem teve a oportunidade de estar na última edição do Rock in Rio, teve também a opção de visitar a gigantesca área destinada aos gamers e pode comprovar milhares de pessoas assistindo aos jogos ao invés de estarem curtindo uma banda em um dos palcos. 


O espaço dedicado ao Game XP eram de duas arenas olímpicas que tiveram disputas entre celebridades, talk shows, estandes de grandes marcas e os campeonatos exibidos em um telão de 75 metros de comprimento e 20 de altura.

Final de League of Legends teve mais audiência que a final de NBA

Com crescimento do mercado, os canais especializados em esportes entraram na briga pelos direitos de transmissão. A nova geração tem se interessado mais em jogar os games virtuais, do que propriamente acompanhar o seu time de coração. Prova disto é o dado de que a final de League of Legends de 2016 teve mais audiência que a final da NBA transmitida pela ESPN.

Para se ter uma ideia da complexidade da questão, existe um amparo ciêntifico nesse grande debate. O principal argumento contra a aprovação, é de que os jogadores não praticam uma atividade física ao manusear seus controles. O e-Sports estaria mais próximos a jogos de tabuleiro do que o basquete, por exemplo.

Por outro lado, um estudo alemão identificou que o jogadores virtuais estão sujeitos a tensões físicas durante as partidas e que seriam muito próximas de atletas de esportes comuns.

Com tudo isto, a pergunta que fica no ar em pleno ano de 2017 é: o que é exatamente um esporte?

Dentro de uma grande quantidade de novidades técnologicas, especialistas vão ter que discutir uma criação milenar, para decidir um futuro bem próximo.

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