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3 trocas que mudaram a NBA

05 de Fevereiro

Trocas e rumores envolvendo transações de jogadores sempre estão entre as notícias mais buscadas na NBA, mas muitas vezes acaba não acontecendo nada. Alguma vezes, no entanto, a liga viu transações mudarem completamente o equilíbrio de forças entre as franquias, dado o peso dos nomes envolvidos. Listamos aqui três das mais impactantes trocas que a NBA já viu. O foco é em transações que trocaram alguns dos melhores jogadores de todos os tempos em seus auges, e por isso vamos desconsiderar trocas como as que levaram os calouros Kobe Bryant e Magic Johnson ao Lakers, ou aquela que levou o calouro Scottie Pippen ao Bulls.

Shaq vai para South Beach

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O ano era 2004. Depois de oito anos e três títulos em L.A, a relação entre Shaquille O'neal e Kobe Bryant estava irremediavelmente desgastada. Kobe se defendia nos tribunais de uma acusação de estupro, e Karl Malone e Gary Payton, dois veteranos All-Stars, haviam assinado com o time para aquela temporada. As atenções sobre o Lakers, sempre muitas, nunca foram tão altas. A equipe acabaria perdendo o título daquele ano para o Detroit Pistons, em cinco jogos, e com isso o castelo de cartas desmoronou.

O técnico Phil Jackson foi dispensado, como um agrado a Bryant, que era agente livre e ameaçava assinar com o Los Angeles Clippers caso não o time não fosse montado a seu gosto. Isso envolvia também trocar o desafeto O'neal, que estava brigando com a diretoria do Lakers por uma extensão contratual em valores que o dono, Jerry Buss, não queria dar. Em julho de 2004, Shaq foi trocado para o Miami Heat, por Lamar Odom, Caron Butler, Brian Grant e uma escolha de Draft que veio a ser o armador Jordan Farmar. Com isso, o Heat se tornou contender imediato, centrado na dupla entre Shaq e um jovem Dwyane Wade, sob comando técnico de Pat Riley. O time chegou às finais do Leste já naquele ano, perdendo para o campeão Pistons. No ano seguinte, o título da NBA veio contra o Dallas Mavericks em 6 jogos, e a franquia se colocou no mapa como uma cultura vencedora na NBA. O pedigree de campeão de Riley foi um dos grandes atrativos para contratar LeBron James e Chris Bosh, em 2010, e tudo graças a esta troca genial arquitetada por Riley.

Já o Lakers, que era um dos líderes da liga durante os oito anos anteriores, não se classificou para os playoffs na temporada seguinte, e só conseguiu voltar a vencer títulos com a chegada de Pau Gasol, em 2008, para ser o novo parceiro de Bryant.

KG e Ray Allen chegam a Boston

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O Boston Celtics viveu anos difíceis entre o período de glórias nos anos 80 e seu último título, em 2008. Nesta época, Paul Pierce era uma estrela solitária em um elenco que mudava bastante a cada ano. Em 2006-07, com apenas 24 vitórias, o Celtics foi uma das piores equipes da NBA. A expectativa era que, com uma escolha no começo do Draft, a franquia poderia selecionar Greg Oden ou Kevin Durant, as grandes sensações do recrutamento naquele ano e começar do zero. Não deu certo. O Celtics ficou apenas com a quinta escolha, e com isso o GM Danny Ainge resolveu ser mais agressivo. Com duas trocas, ele mudou completamente o panorama da NBA para os anos seguintes. Primeiro, na noite do Draft, ele trocou a 5ª escolha (Jeff Green), Delonte West e Wally Szczerbiack com o Seattle SuperSonics, obtendo em retorno o ala-armador Ray Allen, o pivô Glen Davis e a 35ª escolha do Draft. O Sonics, que havia selecionado Kevin Durant com a segunda escolha, achou que Green poderia ser um bom jovem parceiro para começar um movimento de juventude, já que no ano seguinte a franquia mudaria para Oklahoma e passaria a se chamar Thunder.

Não satisfeito, pouco mais de um mês depois, Ainge fechou outra troca. Ele enviou Al Jefferson, Ryan Gomes, Sebastian Telfair, Gerald Green, Theo Ratliff e uma escolha de Draft por Kevin Garnett, um dos jogadores mais dominantes da liga, que estava infeliz em Minnesota. A transação, envolvendo sete jogadores por um único atleta, ocupa o posto de troca com mais jogadores envolvidos por apenas um outro atleta na história da liga.

Com a troca, o Celtics passou de 24 a 66 vitórias de uma temporada para a outra, a maior melhora em uma única temporada da história da liga. KG/Allen/Pierce formaram o trio mais forte da NBA naquele momento, e o Celtics seria campeão em 2008, finalista em 2010 (perdeu para o Lakers em 7 jogos) e seria uma força nos playoffs pelos anos seguintes. Ainge, merecidamente, ganhou o prêmio de Executivo do Ano em 2008.

Kareem vai para Los Angeles

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Kareem Abdul-Jabbar começou a carreira como Lew Alcindor, seu nome de nascença. Convertido ao Islã, ele adotou o nome pelo qual ficou mais conhecido em 1968, mas só passou a usar este nome publicamente em 1971. Em 1969, ele chegou ao Milwaukee Bucks como a primeira escolha do Draft e com muito destaque por suas atuações em UCLA. Ele postou médias de 28,8 pontos e 14,5 rebotes em sua primeira temporada, e já foi o cestinha da liga na segunda campanha, em 1971, com 31,7 pontos por jogo. Nesta temporada, ao lado de Oscar Robertson, ele lideraria o Bucks a seu único título da NBA, com uma varrida sobre o Baltimore Bullets na Final. Nos anos seguintes, ele continuou sendo a maior força ofensiva da NBA naquele momento, sendo MVP da liga três vezes durante sua passagem com o Bucks, mas uma mudança estava por vir.

Kareem era natural de New York, e suas convicções religiosas, ligadas a questões raciais, faziam com que ele se sentisse deslocado no meio-oeste dos EUA. Apesar de sempre ter falado bem de Milwaukee e seus fãs, ele não conseguia se adaptar ao estilo de vida da região, e com isso pediu para ser trocado para uma cidade maior, como NY ou Los Angeles. Por isso, em 1975, o Bucks negociou ele e Walt Wesley com o Los Angeles Lakers por Elmore Smith, Brian Winters, Dave Meyers e Junior Bridgeman. Kareem passaria 15 anos com o Lakers, ganhando cinco títulos, três MVPs e se tornando o maior pontuador da história da NBA, ao lado de Magic Johnson e o Lakers do Showtime. Quando se aposentou, Kareem era, sem dúvidas, o melhor jogador que o basquete tinha visto até então. Seus seis prêmios de MVP até hoje são um recorde, assim como os 38.387 pontos anotados na carreira.

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