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NBA: A habilidade mais absurda de Victor Wembanyama

Renato Campos
Renato Campos
20 de Setembro

Avaliar o estilo único de cada jogador da NBA é sempre uma experiência fascinante, especialmente quando mergulhamos mais fundo em como eles realmente atuam em quadra. Muitos atletas possuem características ou hábitos que passam despercebidos pelo grande público, ou até mesmo são subestimados. Algumas dessas peculiaridades podem parecer triviais, mas outras são cruciais para entender o que torna cada jogador especial.

Hoje, vamos focar em uma dessas características únicas do promissor Victor Wembanyama, algo que talvez tenha escapado ao seu radar, mas que faz toda a diferença no seu jogo.

Por mais absurda que você ache que foi a defesa de Wembanyama na temporada passada, ela fica ainda mais incrível quando você avalia a questão mais de perto.

Wemby liderou a NBA em tocos na última temporada

Wemby liderou a liga em tocos com folga na última temporada (e com uma vantagem ainda maior depois do All-Star Game, quando ele bloqueou 4.5 tentativas por jogo). No total, ele somou 254 tocos, 64 a mais que o segundo lugar, Chet Holmgren.

Mais interessante ainda, entre os 55 jogadores que bloquearam pelo menos 50 arremessos, Wembanyama teve a maior taxa de recuperação de tocos. Os Spurs ficaram com a posse em mais de dois terços dos bloqueios de Wemby (68,11%)! Ele não só anula os arremessos, ele transforma em oportunidades de contra-ataque para San Antonio.

Mandar uma bandeja para a 12ª fileira é divertido. Dá aquela sensação de catarse, onde os defensores podem mostrar dominância, fazer cara de mau para a torcida e levantar o time. Wembanyama com certeza é capaz desses tocos mais teatrais. Mas transformar um gancho azarado do adversário (um arremesso pensado para ser impossível de bloquear) em três pontos do outro lado da quadra é muito mais impactante.

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Wembanyama bloqueia muitos arremessos jogando a bola contra a tabela, deixando seus companheiros recuperarem, e em muitos outros ele simplesmente "engole" a bola, no estilo Bill Russell. Sempre vai haver um pouco de sorte ao recuperar tocos, mas isso aqui não é pura coincidência.

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É possível que, em algum momento, Wembanyama se torne tão dominante que suas interceptações de arremessos se tornem uma expectativa rotineira. No entanto, no presente, essa habilidade continua a ser um espetáculo único e fascinante. A combinação de sua envergadura, agilidade e timing impecável torna cada jogada defensiva uma obra de arte. Mesmo para os mais exigentes fãs da NBA, é difícil imaginar um cansaço diante de um talento tão raro.

Enquanto isso, seu impacto transcende as estatísticas, redefinindo o que significa proteger o aro. Talvez, com o tempo, possamos nos acostumar com sua presença intimidadora na defesa, mas, por ora, a magia de ver Wembanyama “apropriar” tentativas de arremesso continua a surpreender e cativar – e não parece que isso vá mudar tão cedo.

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