Mesmo com o teto salarial subindo a cada ano, a nova era de regras financeiras mais rígidas da NBA exige decisões mais inteligentes dos times. Ainda assim, algumas franquias cometeram erros difíceis de justificar nesta offseason.
Dennis Schroder assina com o Kings por US$ 45 milhões
Schroder é um veterano rodado que já defendeu oito equipes diferentes nos últimos cinco anos. Agora, ele chega ao Sacramento Kings com um contrato de três anos no valor de US$ 45 milhões — maior do que o seu acordo anterior, apesar de ter sido trocado diversas vezes no último vínculo.
O armador alemão tem bons momentos, é competitivo na defesa e pode contribuir pontualmente, mas com Devin Carter em ascensão e o trio Monk, LaVine e DeRozan assumindo as ações ofensivas, não está claro qual será o espaço real para Schroder justificar esse valor.
Clint Capela volta ao Rockets por US$ 21,5 milhões
Capela foi perdendo espaço no Hawks, a ponto de virar reserva e presença constante nos rumores de troca. Aos 31 anos, seu estilo baseado em força física já não se sustenta como antes, e o Rockets já conta com Alperen Sengun e Steven Adams.
O contrato de US$ 21,5 milhões por três temporadas sugere que o pivô pode ser apenas um seguro caro contra lesões, a menos que Raphael Stone tenha algo maior em mente — como uma investida audaciosa por Giannis Antetokounmpo.
Myles Turner custa caro demais para o Bucks
Turner é um defensor sólido e arremessa de três com competência, mas sua contratação exigiu medidas drásticas do Bucks. Para abrir espaço, a franquia dispensou Damian Lillard via stretch provision, o que gera US$ 22,5 milhões de "dinheiro morto" por cinco anos.
Na prática, Turner custará quase US$ 50 milhões por temporada aos cofres do Bucks. Mesmo com a vantagem de tirá-lo do rival Indiana Pacers, o preço parece alto demais por um jogador que está longe do nível das grandes estrelas.
Duncan Robinson e o enigma do Pistons
Robinson é um dos melhores chutadores da NBA, mas também um dos piores defensores. Aos 31 anos, ele dificilmente vai melhorar nesse aspecto. Ainda assim, o Pistons lhe ofereceu US$ 48 milhões por três anos.
O movimento até faria sentido como substituição a Beasley e Hardaway Jr., mas a dúvida persiste: quem mais estava na disputa por Robinson? A troca que envolveu Simone Fontecchio pode, no fim, se mostrar um péssimo negócio para Detroit.
Piores contratos da NBA
- Qual foi o pior contrato da free agency até agora? Muitos analistas consideram o contrato de Schroder com o Kings o mais difícil de justificar em termos de valor e encaixe.
- Por que o contrato de Turner é tão criticado? O Bucks teve que absorver US$ 22,5 milhões em dead cap ao dispensar Lillard, o que eleva o custo real da chegada de Turner para quase US$ 50 milhões por temporada.
- O Rockets precisava realmente de Capela? Com Sengun e Adams no elenco, a contratação de Capela parece redundante, a não ser que esteja ligada a algum plano maior.
- Duncan Robinson ainda tem mercado na NBA? Apesar de ser um excelente arremessador, sua fragilidade defensiva e o valor do contrato o colocam como uma peça de valor discutível.