A maior parte da free agency da NBA já passou. As principais assinaturas foram feitas, os elencos estão quase prontos e as equipes aproveitam as últimas semanas de calmaria antes do training camp. Mas quatro nomes chamam atenção por ainda estarem disponíveis no mercado: Jonathan Kuminga, Josh Giddey, Cam Thomas e Quentin Grimes — todos agentes livres restritos e todos ainda sem contrato.
Como funciona a restricted free agency?
Diferente da agência livre irrestrita, a restricted free agency dá às equipes atuais o direito de igualar qualquer oferta recebida por seus jogadores. Isso desestimula propostas de outras franquias, que evitam desperdiçar tempo e teto salarial com jogadores que provavelmente não mudarão de time.
Além disso, o mercado deste ano foi especialmente difícil para os agentes livres. Com menos espaço no teto salarial disponível, equipes preferiram investir em jogadores livres de restrições. Assim, os atuais times desses jovens talentos têm todo o poder de negociação — e pouca urgência.
Jonathan Kuminga (Golden State Warriors)
Aos 22 anos, Kuminga teve uma temporada inconsistente com os Warriors. Ele caiu de 16.1 para 15.3 pontos por jogo e perdeu espaço na rotação após a chegada de Jimmy Butler. Ainda assim, seu potencial físico e ofensivo é inegável.
Por que renovar: Kuminga é jovem, atlético e pode ser importante para sustentar o núcleo veterano de Stephen Curry, Jimmy Butler e Draymond Green.
Por que não renovar: Steve Kerr nem sempre demonstrou confiança no jogador e seu desenvolvimento ainda é incerto.
Josh Giddey (Chicago Bulls)
Em sua primeira temporada em Chicago, Giddey quase atingiu médias de triple-double: 14.6 pontos, 8.1 rebotes, 7.2 assistências e ótimos 37.8% de aproveitamento nas bolas de três. Nos últimos 15 jogos da temporada, esses números saltaram para 20.3 pontos, 10.4 rebotes e 9.7 assistências.
Por que renovar: Giddey tem produção rara para um armador de 22 anos e custou a troca de Alex Caruso. Ele pode ser peça fundamental na reconstrução do Bulls.
Por que não renovar: O contrato de Patrick Williams (5 anos, US$ 90 milhões) pesa nas decisões da diretoria, que evita parecer "fraca" nas negociações.
Cam Thomas (Brooklyn Nets)
Cam Thomas sabe pontuar. Em 2024-25, ele teve média de 24 pontos em apenas 25 jogos, devido a uma lesão na coxa. No ano anterior, foram 22.5 pontos em 66 jogos. O aproveitamento segue constante, na casa dos 44% de quadra e cerca de 35% de três.
Por que renovar: Em um time jovem e em reconstrução como o Nets, Thomas pode ser um ativo valioso para o presente e para uma futura troca.
Por que não renovar: A reputação de "fominha" pesa. Analistas como Zach Lowe o chamaram de “empty calories ball hog”. Thomas rebateu, mas sua capacidade de contribuir em um time competitivo ainda é questionada.
Quentin Grimes (Philadelphia 76ers)
Grimes aproveitou bem sua chance nos 28 jogos que fez pelos 76ers após ser trocado para a equipe em fevereiro: 21.9 pontos, 5.2 rebotes e 4.5 assistências por jogo. Ainda que tenha se beneficiado das ausências por lesão, o desempenho foi acima do esperado.
Por que renovar: Com um elenco propenso a lesões (Paul George e Joel Embiid), ter profundidade no perímetro é fundamental.
Por que não renovar: O Sixers já está pesado na folha com Embiid, George e Maxey, além de contar com McCain e o calouro VJ Edgecombe.